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Betão Aguiar
Músico. Diretor. Produtor.
Nascido na comunidade musical dos Novos Baianos e criado no ambiente fértil da contracultura e do pós-tropicalismo, Betão Aguiar acompanha nomes consagrados da música desde a adolescência, dividindo o palco em shows e participando de gravações pelo Brasil e exterior. Filho de Paulinho Boca de Cantor e da produtora Marilia Aguiar, é musico profissional desde os 11 anos de idade e teve a oportunidade de trabalhar com nomes como Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Caetano Veloso, Marisa Monte, Moraes Moreira, Gilberto Gil, Cheik Lo, Arto Lindsay, Miyazawa (The Boom), Gaby Amarantos, Felipe Cordeiro, Lucas Santtana, Brazilian Girls, Psirico, Pablo do Arrocha, Emicida, Criolo, entre outros. Como produtor musical assina a trilha sonora do filme “Ó paí ó” (2007), de Monique Gardenberg, e projetos premiados como o “Ao vivo lá em casa” (2008), do cantor Arnaldo Antunes.
Seu projeto de pesquisa “Mestres Navegantes” foi eleito pelo jornal The New York Times o 4o melhor projeto de música do mundo em 2013, considerado por muitos formadores de opinião e imprensa especializada um dos maiores acervos da cultura popular inteiramente disponível nos meios digitais. Inspirado nos anteriores “Missões de pesquisas folclóricas”, de Mário de Andrade, e “Musica do Brasil”, de Hermano Viana, o projeto existe há mais de uma década e conta com 29 álbuns, mais de 650 faixas, textos, fotos e filmes que revelam um Brasil profundo e poético, ainda pouco divulgado.
Paralelo à carreira musical, produziu e dirigiu dezenas de documentários de curta-metragem que investigam as raízes musicais e a identidade do povo brasileiro. Uma característica marcante de sua busca audiovisual é a presença de um olhar antropológico sobre as comunidades, regiões, artistas e mestres populares de diversos estilos, que evidenciam a riqueza e a grandiosidade etnológica da cultura do país.
Estreia como diretor em 2011, com os primeiros filmes da web série “Mestres Navegantes - Edição São Luiz do Paraitinga”, e com a realização de dois videoclipes para o projeto “Quatro Cantos”, do qual é idealizador e também assina a produção. Neste último, as músicas “Brasil Pandeiro” e “Bate o Sino” ganharam versões inusitadas com a participação de artistas de rua e cantores conhecidos pelos quatro cantos do país. Apelidado de “a versão brasileira do Playing for Change”, traz os personagens interpretando à distância, cada um em sua cidade, as canções para uma campanha de natal que viralizou e alcançou milhões de visualizações na internet.
Em 2016, é convidado para dirigir a série documental para televisão “O povo brasileiro em festa”, que registrou festas populares em 13 episódios de 27min., acompanhando de perto a preparação e a realização de alguns dos eventos populares mais conhecidos dos estados de São Paulo, Bahia, Pará, Maranhão, entre outros. Este trabalho o possibilitou desenvolver e aprimorar a sua linguagem cinematográfica e, no ano de 2018, novamente pelo projeto Mestres Navegantes, volta à Bahia para realizar o curta “Chegança, no jardim das belas flores” (2020, 23min), o qual assina a direção com o fotografo Bruno Graziano. O filme retrata dois grupos femininos de chegança que mantém e desafiam a tradição, majoritariamente masculina, desse auto popular que em outras partes do país é conhecido como marujada, e reconhecido como patrimônio cultural do estado da Bahia em 2019.
Em 2020, seu primeiro longa-metragem “Samba de Santo - resistência afro-baiana” (2020, 81min), visita tradicionais terreiros de candomblé da Bahia que deram origem a três dos mais importantes blocos afro do carnaval de Salvador. O músico e diretor, com mais de 25 anos de experiência tocando em trios elétricos da cidade, pôde dessa vez acompanhar por detrás das câmeras a realidade paradoxal, difícil e encantadora dessas comunidades, desde os preparativos até os desfiles de Ilê Aiyê, Bankoma e Cortejo Afro durante os seis dias da festa.
Assina a produção, a direção e a trilha sonora do fashion film “Sopro”, que apresentou a coleção 2021 da estilista Flávia Aranha no encerramento a SP Fashion Week em junho de 21. A parceria com a marca também rendeu a produção da web série “Urucia”, com mini documentários que mostram o processo produtivo da estilista durante o convívio com artesãs do vale do Urucuia, no cerrado mineiro.



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